quinta-feira, 2 de março de 2017

Breve história de terror no Carnaval


Máscaras também têm histórias
das peles que habitaram.
Bastam uns minutos de contato
(um cadinho de álcool ajuda)
e eu me mascaro de outro em mim
de suor e energia não meus.
Há riscos.
Máscara vai, pele fica
com tudo o que tiver direito
que no Carnaval o saldo fica equilibrado.

Texto produzido no Café Literário do dia 25/02/2017.

2 comentários:

  1. Adorei o verso "Eu me mascaro de outro em mim". Mas acho que o suor e a energia são nossos, apesar de negarmos, mesmo não os aceitando. O problema é hábito da "máscara".
    Reflexões...

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  2. Temo que o hábito da máscara nos transforme, Marcia, reduzindo o nosso legítimo suor e abrindo espaço para que o alheio nos tome. Reflexões aqui, também.
    Obrigada por comentar!

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